A planta controversa é usada em rituais religiosos no País da África
Apesar da planta ser muito usada em rituais e de ter supostos benefícios para o corpo, o extrato de ibogaína, que é extraído da raiz da planta iboga, não possui aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como a substância é produzida fora do Brasil e ainda não passou por nenhuma análise da Anvisa, sua comercialização em todo território Brasileiro é proibida.
A agência lembra que existe uma lista com as substâncias sujeitas a terem um controle especial. “Aqui no Brasil, são consideradas substâncias sujeitas a terem um controle especial aquelas elencadas nas listas do Anexo I da Portaria SVS/MS 344/98. A raiz da ibogaína não consta de nenhuma destas listas. Portanto, nem a planta nem as substâncias dela extraídas estão sujeitas a terem um controle especial no Brasil”, diz a Anvisa em sua página oficial. Além disso, a agência determina a proibição da ibogaína por meio do Art. 5º da RDC 204/2006.
Muitos sites divulgam propagandas e textos com afirmando que a substância seria desintoxicante e que auxiliaria até em um possível tratamento contra drogas como maconha, cocaína e o crack. Porém, como mostra a Anvisa, essa afirmação não possui comprovação. “Além disso, não foram apresentados estudos clínicos, técnicos ou científicos acerca da ibogaína. Portanto, não se pode afirmar que esta substância tem, de fato, efeitos medicinais”, alerta a agência.
Uma matéria publicada no site da revista Super Interessante no final do ano passado revelou que o extrato da raiz da iboga, na verdade, possui efeitos alucinógenos muito fortes, podendo até induzir o usuário ao coma.
A planta Ibogaína
A planta originária do continente africano, a planta de nome Tabernanthe iboga é muito utilizada em cerimoniais da religião bwiti, originária do Gabão, na África. Os povos que seguem a bwiti fazem uso da iboga em seus rituais.